Para que a sua incorporadora ou construtora tenha um Certificado de Recebíveis Imobiliários – CRI, desejado pelo mercado, é necessário ter um land banking localizado em áreas estratégicas, com projetos altamente competitivos e bem dimensionados. Tudo isso deverá ser justificado por lastro financeiro e elevado nível de demanda, sim, muito mais clientes interessados em comprar as unidades do empreendimento, do que unidades disponíveis para a venda.

O CRI é um instrumento financeiro que traz velocidade para o seu empreendimento e permite simultaneidade na execução de obras que seguem o mesmo timing. Em 2021, a JHSF e a XP anunciaram em conjunto a construção do empreendimento Villa XP, em São Roque, SP. O investimento previsto é de R$ 737 milhões, desse total, R$ 500 milhões são financiados por meio de um CRI.

Com o financiamento provido pelo Certificado de Recebíveis do Agronegócio – CRA, a sua empresa receberá uma injeção de capital para reforçar o caixa, e também, tornar possível a aquisição de tecnologias e equipamentos que trarão ganhos de produtividade e impulsionarão o volume comercializado. De acordo com o ANUÁRIO UQBAR CRA 2021, ‘foram emitidos R$ 15,81 bilhões em 2020’, o que indica o sucesso desse instrumento financeiro na cadeia do agronegócio brasileiro.

O capital fornecido pelo CRA permite que todos os membros da cadeia do agronegócio – produtores, indústrias, distribuidores e varejistas, maximizem os seus resultados. Em julho de 2021 a Yara – multinacional norueguesa produtora de químicos com especialidade em fertilizantes – emitiu R$ 225 milhões em CRA para alavancar as revendas de seus produtos.

Considerando que o capital de giro é essencial para o sucesso de uma companhia, construir uma estrutura de capital capaz de financiar os mais diversos cenários, tais como: sunk costs, volatilidade da demanda, desaceleração da economia ou algum Cisne Negro, será sempre o grande desafio do Chief Financial Officer – CFO. Ao optar por um Built to Suit – BTS, a companhia terá condições de mitigar o investimento em ativos fixos, e com isso, conseguirá incrementar o investimento em suas reservas e no fluxo de caixa da sua operação.

Até mesmo a Amazon – uma das companhias mais capitalizadas do mundo – prefere fazer um BTS ao invés de financiar novas instalações com recursos próprios. Em 2021 inaugurou mais um Amazon Robotic Fulfillment Center – com 60 mil metros quadrados; este fica em Henrico County no estado da Virgínia, EUA. Faça como a Amazon, invista na sua atividade essencial, o imobiliário é uma função secundária e transferível.

Por meio do Sale & Leaseback – SLB, a sua companhia poderá liberar recursos do ativo fixo para reforçar o seu caixa e impulsionar os negócios. Os imóveis de uma companhia são reservas financeiras na forma de land banking e propriedades. O SLB trará recursos que lhe permitirão viabilizar oportunidades estratégicas e lucrativas.

A JCPenney como um dos maiores varejistas dos Estados Unidos, realizou em 2021 – ainda durante o período de pandemia da COVID-19 – como estratégia de capitalização, duas operações de SLB que somaram US$ 124 milhões. As aquisições das propriedades e o leaseback, foram feitos pela Hilco Real Estate.