O crescimento granular ou orgânico não é suficiente para impulsionar os ganhos de uma companhia possibilitando aquisições. O planejamento estratégico torna possível enxergar os passos necessários para a evolução da empresa. Definir metas, estipular alvos bem definidos e procurar se tornar o benchmark do mercado é essencial para se manter competitivo e buscar recursos que tragam vantagens estratégicas no posicionamento da sua empresa ao visualizar uma fusão, aquisição, expansão ou saída de uma operação.

O Planejamento Estratégico auxilia um M&A. Em Janeiro de 2022, a CBRE Investment Management e a Hillwood Investment Properties anunciaram um acordo definitivo, em que a CBRE adquirá a Hilhood por US$ 4,9 bilhões. O CEO da CBRE atribuiu o sucesso da negociação para a “capacidade de alavancar a forte capacidade financeira da empresa controladora”, mostrando que, provavelmente, estavam planejando esse movimento com antecedência e expertise.

Quando se tem uma visão profissional arrojada acompanhada de grande força no mercado, pode-se usar uma Special Purpose Acquisition Company – SPAC, com o objetivo de levantar capital por meio de um IPO. Essa robusta ferramenta permite usar toda a destreza e experiência de mercado adquirida, para que o Sponsor identifique, analise e proponha a aquisição de uma companhia. A futura fusão e abertura de capital dessa companhia podem agregar valor para as suas operações.

Segundo o site SPAC ANALYTICS, em 2021, dos 968 IPOs realizados nos EUA, 613 se deram por meio de SPACs, representando 63% do total. A subsidiária da Embraer, EVE – desenvolvedora de veículos aéreos elétricos – anunciou que concluiu sua fusão com uma SPAC, a Zanite Acquisition Corp. A transação inclui US$ 357 milhões por meio de Private Investment in Public Equity – PIPE, sendo US$ 185 milhões da Embraer, US$ 25 milhões do patrocinador da Zanite e US$ 147 milhões de um consórcio entre os principais investidores financeiros e estratégicos. Com a transação a companhia fica avaliada em US$ 2,4 bilhões.

Ao analisar o futuro de sua companhia e as possibilidades que o mercado lhe oferece para crescer não somente de forma horizontal mas também de maneira vertical, uma Estratégia de Expansão bem definida é imprescindível para analisar os riscos diante dos novos concorrentes e o seu market share, o volume e a demanda que lhe darão uma parte do mercado e, a força que a margem das suas futuras operações contribuirá para um crescimento saudável ao levar em conta o custo de aquisição de clientes (CAC).

Mesmo empresas gigantes aplicam Estratégias de Expansão. Em Janeiro de 2022, a Microsoft anunciou a aquisição da Activision Blizzard, empresa evidente no ramo de videogames, numa transação avaliada em US$ 68,7 bilhões. De acordo com o CEO da Microsoft, Satya Nadella, essa aquisição permitirá no segmento de videogames, que a Microsoft aumente seu faturamento e se posicione no rumo do futuro da internet, o Metaverso.

Pode ser um desafio desenvolver um business plan com o objetivo de vender uma companhia, parte dela ou seus ativos para atingir a maior lucratividade possível ou aplicar uma Estratégia de Saída como plano de contingência para liquidar sua posição limitando perdas. Uma excelente estratégia de saída envolve o preciso business valuation de uma startup, venture capital ou grande companhia e a expertise na análise de sua futura governança após um IPO, aquisição ou management buyout.

Analisando o cenário de telecomunicações nos Estados Unidos, em 1º de Abril de 2020, as empresas T-Mobile e Sprint Corporation firmaram uma fusão com o valor de US$ 26 bilhões. Embora de início essa operação tenha sofrido uma forte oposição, foi aprovada pela justiça dos EUA, visto que era uma questão de sobrevivência da Sprint como operadora nacional.